COPOM baixa SELIC para 2% ao ano!

Taxa Selic a 2% ao ano: entenda os impactos na sua vida

É a nona baixa consecutiva da taxa básica de juros, que está em seu menor patamar histórico. É a taxa de referência mais baixa desde 1999, quando o nível de preços no Brasil passou a ser controlado pelo regime de metas de inflação.

O Copom (Comitê de Política Monetária) cortou a Selic, de 2,25% para 2% ao ano. É a nona baixa consecutiva da taxa básica de juros, que está em seu menor patamar histórico. A decisão foi tomada no dia 5 de agosto.

De acordo com Renata Berenguer, professora de Finanças e mestra em Administração pela UFPE (Universidade Federal do Pernambuco),  a decisão de manter os juros baixos visa estimular o consumo dos brasileiros. Por outro lado, investidores veem a notícia com pessimismo, já que boa parte dos investimentos em renda fixa têm rentabilidade atrelada à Selic.

Em comunicado divulgado ainda no dia 5 pelo Copom, o comitê diz esperar que este seja o último dos cortes de um ciclo iniciado em agosto de 2019. “O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inação prospectiva e é compatível com a convergência da inação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022”.  Em agosto de 2019 a taxa Selic passou de 6% para 5,5% ao ano, em decisão do Comitê.

Mas afinal,  o que é a taxa selic e como ela pode mexer no seu bolso?

O que é a Selic?

Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, que diz respeito à um sistema de negociação de títulos públicos do Tesouro Nacional. Desse modo, é regulado pelo Banco Central (BC). A cada 45 dias o Copom, órgão do BC, se reúne definir a meta da taxa.

Essa taxa equivale aos juros básicos da economia. Nesse sentido, o índice serve como parâmetro para definir todos os outros tipos de juros, como os juros aplicados em empréstimos, por exemplo. Além disso a taxa também influencia o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Qual é a Taxa Selic hoje?

A Taxa Selic atualmente está em 2% ao ano, após reunião do Copom, no  dia 5 de agosto de 2020, decidir abaixar a taxa de 2,25% para 2%.

Qual o objetivo de alterar a Selic?

A Selic é o principal instrumento de política monetária usado pelo Banco Central para ajudar a controlar a inflação. Então vamos pensar da seguinte forma: quando a taxa sobe, os juros cobrados em financiamentos, empréstimos, e aqueles do cartão de crédito, sobem também, e isso desestimula o consumo – principalmente porque o custo de captação dos bancos fica mais caro -. Por sua vez, se há menos pessoas consumindo, há um estímulo de queda na inflação.

O que ela influencia seu bolso?

A vantagem da Selic baixa, atrelada à inflação baixa, é que o poder de compra do brasileiro não está se perdendo.

No entanto, a Selic baixa não está diretamente relacionada a uma melhor oferta de crédito no mercado. Isso porque, as instituições financeiras também analisam os riscos envolvidos nos empréstimos na hora de compor suas taxas. Por isso, mesmo com uma Selic baixa, visto que estamos passando por uma crise devido à pandemia do novo coronavírus, algumas taxas praticadas — como a do rotativo do cartão de crédito e a do cheque especial — continuam altas.

Além disso, a influência da taxa Selic na vida de cada pessoa, depende muito do perfil financeiro daquela pessoa. Pessoas que investem mais em renda fixa, acabam sofrendo uma diminuição da rentabilidade de seus investimentos, em cenários em que nos encontramos hoje, por exemplo.

História da taxa Selic

É a taxa de referência mais baixa desde 1999, quando o nível de preços no Brasil passou a ser controlado pelo regime de metas de inflação.

A série histórica da Selic teve início em 1996. Entre julho de 1996 e março de 1999 a taxa básica de juros era a TBC (Taxa Básica do Banco Central). Com a extinção dessa taxa, o Copom passou a divulgar a meta para a Selic.

No início do ano de 1999 a meta para a Selic chegou à 45% ao ano. Na década de 2000 ela oscilou entre 19% a 8,75%. Ademais, começou o ano de 2010 em 8,75%, e terminou essa década em 4,50% no ano de 2019.

Neste ano de 2020 a Selic já passou por cinco cortes. Caindo de 4,50% para 4,25%, depois para 3,75%,  3,0% e 2,25%. Até chegar aos atuais 2,0%.

Veja o histórico da Taxa Selic mensal aqui.

Inflação

A Selic tem importante papel para os valores da inflação. Esse índice é definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Neste ano a meta para a inflação é de 4%, podendo se manter em 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Na prática, o objetivo é que a inflação fique entre 2,5% a 5,5% em 2020.

Para se manter no percentual esperado, o governo toma ações a fim de influenciar a quantidade de capital circulante na economia. A taxa básica de juros faz parte dessa estratégia. Ao mantê-la em nível baixo faz-se estímulo ao consumo.

Nesse sentido, o acumulado de 12 meses findos em junho o IPCA, índice de inflação, ficou em 2,13%. Contudo, segundo projeção divulgada no boletim Focus do BC, a inflação deve terminar o ano em 1,63%.

Fonte: DCI

Fernanda Fernandes

Assessoria de Comunicação

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Postado no dia 06/08/2020

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